E para variar, eu estou aqui novamente. E para variar, este Café está cheio de gente, e vários voltaram o olhar para este jovem que vos escreve.
É sexta-feira, fim do horário comercial, várias pessoas estão aqui agora para relaxar, aliviar o stress depois de uma semana de árduo trabalho e curtir o começo do final de semana. Muitos vão aproveitar a folga para descansar, outros para viajar, outros para curtir a família, e outros para matar a saudade daqueles que amam. Aprensento-lhes a sexta edição do meu, do seu e do nosso querido Pensamentos Capturados. Tema?
Saudade
Ahh, a saudade... Como um escritor sentimental, eu digo que não há nada que se compare à emoção de sentir-se querido por outro ser humano. Como ser humano, eu digo que não há nada que se compare à dor da saudade causada pela distância física existente entre as pessoas queridas. Não falo apenas sobre um casal de apaixonados que não se vêem há alguns dias. Não, não, isso não é tudo na vida. Falo sobre os amigos. Falo sobre os melhores amigos. Falo sobre aquelas pessoas que estão presentes nas suas melhores lembranças. Falo sobre aqueles que estão longe fisicamente, mas estão sempre dentro de nós, dentro dos nossos corações.
Falo sobre aqueles que nos ensinam algo todos os dias. Aqueles que nos fazem chorar de felicidade. Aposto que você, leitor, já está se lembrando desses seus "alguéns" e talvez já esteja com os olhos cheios de lágrimas.
Sinto saudades dos meus "alguéns". Neste momento vejo vários jovens adolescentes colegiais caminhando para nenhum lugar. Ainda uniformizados e com o material escolar em mãos, eles se divertem, riem, brincam, sonham, aproveitam cada segundo juntos. Estes jovens me fazem lembrar dos meus próprios tempos de colegial. Sinto saudades do tempo em que não havia tanta responsabilidade. A única preocupação era tirar boas notas na escola e chegar em casa vivo. Sinto saudades do tempo em que qualquer coisa era sinônimo de diversão.
Sinto saudades do tempo em que tudo que era preciso fazer era acordar e continuar sonhando acordado. Sinto saudades de coisas bobas como sentar e conversar, almoçar com os amigos, jogar baralho no intervalo das aulas. Sinto saudades de sentir aquele frio na barriga ao chegar perto daquela certa "alguém" especial. Sinto saudades...
Há quem diga que eu me prendo demais ao passado. Mas quem é que não se prende? Lembrar desses momentos é, às vezes, a única coisa que me motiva a levantar da cama. Cada momento do passado é responsável pelo que eu sou hoje. Cada pessoa que cruzou meu caminho me fez crescer de alguma forma e ajudou a moldar meu presente. Todos. E tudo, sem exceção. Óbvio que alguns tem uma importancia absurdamente maior, e são desses que sinto mais saudades.
A saudade me fez entender várias coisas que antes eu não entendia. Hoje eu sei porque alguém chora ao ver uma fotografia que o recorda de algum bom momento. Hoje eu sei o que é ter o coração apertado por sentir a dor da saudade. Hoje eu sei o que é ter os olhos cheios de lágrimas ao fim de um reencontro. Hoje eu sei como é sentir o que antes eu julgava ser "bobeira de gente grande". Mal sabia eu que de bobeira, isso não tem nada. É por isso que os adultos choram. Eles sentem saudades.
A maior parte da minha saudade se encontra entre os anos de 2006 e 2008. Hoje eu costumo dizer aos mais novos, que estão no final da vida escolar, que aproveitem cada segundo, e que guardem muito bem na memória cada sentimento, cada risada, cada momento, porquê essa época talvez seja a melhor época de suas vidas. Sim, fazem cerca de três anos que passei pela minha, e eu agradeço a Deus todos os dias por cada um dos meus amigos terem sido colocados no meu caminho. Eu os encaro como uma dádiva (e abro esse parênteses para agradecê-los por tudo que já fizeram por mim, mesmo sem ter a mínima noção do quanto fizeram e ainda fazem).
Eu sei que estes Pensamentos Capturados estão com um ar de desabafo, e confesso que tem um pouco disso sim. Não faz muito tempo que não vejo meus amados, mas você, leitor, sabe como é a saudade. Ela começa a se fortalecer logo depois da despedida. Ela cresce exponencialmente em instantes, e depois vai crescendo aos poucos, lentamente, como se fosse um ourives moldando uma peça valiosa.
A saudade traz medo. Traz insegurança e um pouco de dor e tristeza. Mas ela traz também dois pontos positivos.
Com ela, descobrimos o valor de cada momento e de cada pessoa, e com isso aprendemos a valorizar melhor aqueles que são queridos.
E com ela, o reencontro se torna muito, mas muito mais emocionante e maravilhoso.
Sinto saudades...
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Acho que vou mudar o nome da série para "Pensamentos Capturados Enquanto eu 'tô no Café"...
Eu só os escrevo quando eu tomo café no mesmo lugar...
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Acho que vou mudar o nome da série para "Pensamentos Capturados Enquanto eu 'tô no Café"...
Eu só os escrevo quando eu tomo café no mesmo lugar...
Gui, o texto é forte, cara...
ResponderExcluirAo som de Make it Wit Chu, do Queens of the Stone Age, to quase me desmanchando aqui..
Ah, sou o Daniel, do F =).
ooowwn que fofo
ResponderExcluirhuhuauhahuahuauha
obrigado Daniel =D
e obrigado Evandro... eu acho...
=D