Onde os sonhos são imperfeitos e sonhamos com a imperfeição...

22 de março de 2010

Canticos do Bardo

E foi assim...

Sei que o mundo continuou
Sei que minha vida não parou
Sei que paixões vieram
Sei que desejos me fizeram

Não posso falar que não vivo sem você
Eu posso muito bem assim viver
Mas não seria agradável a meu coração
Viver sem essa admiração

É triste perceber que de nada desisti
E que aos desafios resisti
Porém desisti no que mais me importava
Antes de começar, a derrota ja aceitava

Devo parar ou continuar?
Por que tudo sei que tudo vai andar
Mas eu quero você junto de mim
Pois o que eu sinto não terá fim

Lorhien Wolpart

20 de março de 2010

"São as águas de março fechando o verão...

... é a promessa de vida no teu coração."

Pois é...
Já dizia o poeta que mudaram as estações (de novo), mas nada mudou (de novo). Quando penso em alguém eu sempre penso nas mesmas pessoas, estejam elas presentes no meu presente, ou presentes no meu passado.

Eu sempre fui adepto do seguinte pensamento:
O ano novo deveria ser comemorado no outono, e não no dia 1º de Janeiro. É no outono que as folhas secas caem e dão lugar às novas que irão nascer. É no outono que as coisas melhoram para mim. E é no outono que eu fico mais velho =D.

Bons sonhos a todos...
Que as novas folhas sejam melhores que as do ano passado...

O início da Sombra - Parte 2

        A noite do dia 17 de novembro daquele ano estava linda. Cinco meses se passaram depois daquele dia na praça, eu completara 17 anos na mesma semana, e eu finalmente estava começando a esquecer da minha mãe, apesar do meu pai continuar o mesmo.
        O relógio mostrava 21:15, meu pai bêbado dormindo no sofá da nossa sala imunda, a TV sintonizada num canal rural da antena parabólica, e eu deitado na grama do quintal apreciando o céu estrelado. De repente o telefone tocou e eu o ignorei com a esperança de que meu pai acordasse e atendesse. O telefone tocou de novo. E de novo. Eu levantei e fui atendê-lo, torcendo para que fosse engano.




11 de março de 2010

O início da Sombra - Parte 1

        É. Eu não sei se deveria estar escrevendo isso, mas se eu soubesse o que eu deveria estar fazendo, provavelmente não ficaria contando historinhas.
        Meu nome não importa agora, mas vamos me chamar de Schatten. Eu tinha apenas vinte e dois aninhos quando parei de comemorar qualquer coisa, inclusive meus aniversários. Claro que tenho meus prazeres, mas não é nada que mereça uma comemoração maior que uma cerveja no fim da noite num canto de um bar imundo e cheio de bêbados que não fazem nada melhor que deixar o ambiente com um cheiro podremente fétido.



A interrogação.

           Salve!
          Depois de um tempo sem postar causado pela falta de inspiração e vontade de digitalizar meus manuscritos, resolvi apresentar-lhes meu segundo personagem. Com vocês, a interrogação.

           Ninguém sabe ao certo de onde ele veio, nem pra onde ele vai. Schatten, como ele mesmo se nomeia, é um cara de poucos (ou nenhum) amigos. É um homem frio, rude e mau-humorado com a maioria das pessoas. Poucos conhecem a razão dele ter se tornado essa pessoa fria aparentemente sem sentimentos, e esses poucos geralmente evitam tocar no assunto, não se sabe se por pena, ou por medo. Como todo bom misterioso com suas manias, Schatten aparece todas as noite em um bar e senta sempre na mesa mais afastada, pede uma cerveja, um maço de cigarro e passa horas observando as pessoas. O dono certa vez perguntou-lhe o que ele faz todas as noites no bar, e sua resposta foi algo parecido com "A sociedade é podre. E as pessoas que vivem nela também... inclusive você.".


           "Schatten" é uma palavra alemã que, traduzida para o portugês, significa "sombra". Segundo fontes, pronuncia-se como algo parecido com "ishcátén".
           Primeiramente, eu o criei para um pequeno conto, mas hoje eu o uso para escrever sobre temas polêmicos tais como política, religião, conspirações, etc, mas de uma maneira mais... digamos... "agressiva".
          Como eu gosto de detalhar bem os personagens que eu uso, ele também tem uma história, que eu começarei a contar no próximo post.

Bons sonhos...

3 de março de 2010

Canticos do Bardo

"Me perco na nostalgia
De tudo de bom que vivi
No medo que me refulgia
De pequenos erros que absolvi

Sinto-me incompleto
Agarrado a sentimentos
Em um temor perpétuo
E dores espalhadas aos ventos

Chego a perder minha sanidade
Em coisas que deviam ser fáceis
E quando avançada for a idade
Verei como não tive pensamentos hábeis

E muitos outros louvam a juventude
Por verem a complexa simplicidade
Com que se apegam a inquietude
E sempre sonham com a liberdade"

Lorhien Wolpart