Onde os sonhos são imperfeitos e sonhamos com a imperfeição...

21 de dezembro de 2012

Cânticos do Bardo

E é na chuva na janela
E é no sol no gramado
É a vida de sentinela
É a morte o chamado

É a paixão inerente
Do corpo completo
Da alma dormente
Do coração desperto

Perdido no próprio olhar
Tento encontrar a resposta
Que pode enfim decifrar
As inverdades impostas

É a paixão completa
Do corpo dormente
Da alma desperta
Ao coração inerente

Não acredito em minha verdade
Não entendo minha explicação
Sou mais imaturo na maturidade
Quando não ouço mais meu coração

É a paixão indiferente
Ao corpo desperto
À alma dormente
Ao coração incompleto

Quando não mais acreditei
Quando não quis aceitar
Talvez agora presenciei
Um certo despertar

Agora sou desentendido do entendimento
Agora sou completamente incompleto
Agora tenho remorso do arrependimento
Pois não tenho certeza daquilo que sou certo

Quando não mais te quis
Quando desistir de supor
A verdade que não se diz
Acho que então senti o amor


Lorhien Wolpart

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