Não sei se todos os poetas escritores pagãos rabiscadores de palavras em forma literária sofrem do mesmo mal(mau?) que eu sofro. Se não, então talvez achem esse post a mais pura e sincera bobagem.
Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu a falta dela!
Sim, o blog anda com poucas atualizações, poucos textos tanto meus quanto do meu amigo Lorhien, mas eu juro que essa falta de publicação não é por desgosto ou pelo desaparecimento da nossa vontade. Pelo menos não por minha parte.
Eu realmente estava tendo dificuldades de encontrar inspiração para escrever (vide "O início da sombra", parado na terceira parte).
Recentemente eu ouvi de um escritor a seguinte frase: "Não existe a falta de inspiração, existe a pouca inspiração". Quando eu fico pouco inspirado e não consigo escrever de uma maneira que eu fique satisfeito, eu tento buscar outras formas de me inspirar. Leio, assisto, revisto, ouço, converso, conservo. Não importa a fonte, eu tento buscá-la.
Essa busca, por um pequeno tempo, surgiu um efeito bem positivo. Escrevi algumas coisas, continuei "O início da sombra". Enfim, foi um período produtivo.
Porém sofri mais uma vez do temido bloqueio criativo. Tentava exaustivamente colocar idéias em palavras, metamorfosear sentimentos em poesias, transformar o canto da Lua em diálogos, mas foi tudo em vão
Isso, meus raros leitores, porque eu sofro do seguinte mal(mau?): eu sou o tipo de poeta sofredor, aquele cuja inspiração parece fugir quando está feliz, alegre, animado. Sim, tudo parecia estar bem para a minha pessoa: fechei o semestre com boas notas na faculdade, consegui ficar mais alguns meses sem multas de trânsito, meu horizonte (aquele citado no último PC) continuava me fazendo bem. Isto me fez ficar "desinspirado" (será que isso é um neologismo?), felizmente.
Infelizmente, eu fico inspirado quando estou ansioso, agoniado, nervoso, triste, etc, etc, etc. Ou seja, quando eu não estou nos meus 100%, a inspiração surge na mesma hora.
Quando estou ansioso, escrevo sobre o futuro, sobre como a vida pode seguir, sobre as possibilidades de caminho que ela tem para seguir e também, principalmente, sobre como eu quero que ela siga.
Quando agoniado, escrevo sobre a vida em si. Seus altos e baixos, suas reviravoltas, suas "pegadinhas". Escrevo também sobre as pessoas, sobre o que elas pensam e como elas agem em momentos de desespero, sobre suas decisões e suas preocupações.
Quando fico nervoso, eu viro outra pessoa. Escrevo sobre coisas agressivas, polêmicas, críticas à sociedade e seus grupos. Fusionado (será outro neologismo?) com a tristeza, escrevo sobre coisas que eu faria se não parasse para refletir o momento, por exemplo, sobre abrir mão de tudo, jogar tudo pro alto, esquecer e me desligar de tudo, desistir mesmo.
Quanto a felicidade plena me falta, eu desabafo. Simplesmente desabafo. Pego uma folha, uma caneta, e escrevo o que vier na minha mente. Posso até mesmo jogar a folha fora depois de terminar, mas somente o fato de ter tirado esse sentimento de tristeza de dentro de mim de alguma forma, eu já me sinto melhor e mais vivo. Escrever me faz um bem sem tamanho.
Mas e quando eu estou ansioso E agoniado E nervoso E triste E etc E etc E etc?
Quando eu estou presenciando essa loucura de sentimentos dentro do meu peito, quando me sinto de mãos atadas, sem saber e/ou sem ter o que fazer, seja para comigo mesmo ou para com os outros, eu escrevo o que gosto de chamar de "Contos Inacabados de Guilherme Barros".
São contos inacabados, porque eu sempre começo a colocar minhas idéias no papel, mas sempre paro de escrever quando estão no meio. Um eu quase terminei, cuja época de escrita foi um tempo muito perturbado para mim (graças a Deus, ele passou). Outros eu simplesmente abandonei porque não me insteressei mais pelo assunto. Teve um até que eu raguei as folhas e joguei fora, por fazer me lembrar de outros tempos difíceis pelos quais eu passei. E sim, eu me arrependo de ter jogado fora... ele podia ter dado certo...
Enfim, meus raros leitores, esse PC #2 foi escrito para vos dizer que estou mais inspirado que nunca. Meus dias estão tão confusos quanto um pokémon que sofreu um Confuse Ray (Sim, essa foi para os Nerds).
Meus dias estão turbulentos. Estão nublados. Eu estou inspirado.
E nunca desejei tanto, na minha vida, ficar sem inspiração ao menos por um instante...
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