Onde os sonhos são imperfeitos e sonhamos com a imperfeição...

1 de maio de 2013

Cânticos do Bardo

Seja dia, seja noite
Seja brisa que acaricia
Seja vento que açoite
Seja luz que vicia

Seja sempre minha
Pois não deixo de pensar
Seu corpo como vinha
Ao meu corpo entrelaçar

Seja minha saudade
Pois estou sempre a pensar
Na terrível maldade
Que é não te beijar

Seja minha verdade
Dos sonhos sem razão
Que lembram a liberdade
Junto de seu coração

Seja sempre a esperança
Do dia que não veio
Mas que temos lembrança
Em nosso belo devaneio

Seja minha estrutura
Para suportar o mundo
Com toda a desenvoltura
Até o último segundo

Seja a minha malícia
Em seu lábio carnudo
De minhas carícias
Em seu corpo desnudo

Seja meu desejo
Minha maior vontade
Com música do realejo
A dança de nossa verdade

Seja como a luz do luar
Passeando com encanto
Suave em seu caminhar
E a beleza como manto

Seja o começo e o fim
Seja a escuridão da dor
Seja a luz da esperança
Seja meu mais puro Amor


Lorhien Wolpart